Ser novo a cada dia

Coisa boa é viver como se um novo dia pudesse transformar o padrão de nossos sentimentos, nossa realidade e subjugasse nossa descrença em seguir em frente.

A vida nos permite dar reviravoltas, o tempo inteiro, como se fosse necessário estarmos por baixo, para finalmente darmos o determinado valor às pessoas que realmente importam.

Essa rotatividade nos deixa determinados espaços, alguns facilmente ocupados por outras pessoas; outros mais profundos e complexos, mas ainda assim substituíveis.

Nesse vai e vem de relações humanas, tendemos a julgar as ações dos outros sem olhar nossos próprios atos, infringindo uma regra básica de convivência: o respeito.

Como determinar se a natureza de nossos atos é ou não válida? Como construir um modo linear de raciocínio-ação-reação sem que haja conflito? Os conflitos moldam a personalidade de cada um, e nos torna mais fortes.

Quando determinamos que uma pessoa seja essencial em nossas vidas, transformamos nossas rotinas para adaptá-las ao nosso cotidiano. Manobra esta comum nos relacionamentos, mas de consequências desastrosas num futuro sem ela. E é daí que parte a autotransformação, no sentido de readaptar-se à antiga rotina.

Nos dias que se passaram, percebi que não sou mais o mesmo de antes. Nunca fui raiz. Sempre fui objeto de ação do tempo, das relações, dos conflitos e das opiniões. Sempre fui um ser mutável, que necessita de vários tipos de energias para me sentir completo.

Ainda sinto pelo que deixei ir. Ainda me cobro pelos meus atos. Mas hoje sou nova página também, página em branco aberta a histórias novas, relações únicas e tantos outros amores que virão.

Hoje substituo a falta com coisas novas, que me acrescentem paz, alegria, amor e esperança tão distantes de mim nesses últimos meses. Hoje busco a plenitude no seu mais alto nível. Hoje espero da vida novas histórias e novas experiências, pra somar.

E não pretendo esquecer, jamais, o que passou. Serve como aprendizado.

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